Luis Nassif


Até fins dos anos 60, o carnaval de Poços de Caldas era considerado o melhor do interior do Brasil. Havia o corso, com a passeata de carros e os foliões sentados no paralama, parachoque ou na traseira. E nos clubes pontificavam os blocos. As pessoas andavam fantasiadas pelas calçadas, famílias inteiras se divertindo.


Depois, o carnaval de Poços foi atropelado pelo padrão do carnaval carioca, disseminado pela rede Globo.


Era o padrão adequado para aqueles tempos de ditadura. Povo participava, mas de forma organizada, com fantasias luxuosas, horário para entrar na rua e para sair. O povo virou público.


Tempos depois, houve a invasão do padrão soteropolitano, trens elétricos com sons lancinantes sendo seguidos por multidões de jovens bêbados.


À medida que o padrão televisivo foi se esgarçando, a nova etapa do carnaval voltou a ter povo, foliões espontâneos. No Rio, é a volta dos blocos, assim como São Paulo, que se tornou uma festa.


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Fonte: Em Poços de Caldas, o melhor carnaval do interior do Brasil»

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